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20 vezes em que Lula blindou a ditadura de Maduro

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Em um momento delicado na relação entre o Brasil e os Estados Unidos, o presidente Lula voltou a apostar no discurso de defesa da soberania — desta vez, da Venezuela.

“O povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem de dar palpite de como vai ser a Venezuela”, afirmou o petista durante um congresso do PCdoB, em Brasília, na semana passada. 

Lula não citou Donald Trump nominalmente, mas a declaração foi uma referência clara à confirmação de operações secretas da CIA para derrubar o ditador Nicolás Maduro, acusado pela Casa Branca de envolvimento com o narcotráfico.

A equipe de comunicação do Planalto já percebeu que essa postura “anti-imperialista” ajuda a reoxigenar a popularidade do presidente junto à base ideológica. Mas a fala do petista no evento comunista serve também para entender um padrão na relação que ele mantém com Maduro desde o momento que antecedeu a chegada do ditador ao poder, há 12 anos. 

É uma aliança incondicional, que Lula maneja com calculada ambiguidade pública, alternando gestos explícitos de apoio com críticas pontuais, conforme a pressão do momento — especialmente após eleições fraudulentas e diante de denúncias de violações de direitos humanos. 

Essa duplicidade permite que Lula preserve a imagem de mediador regional, sem jamais romper com o regime chavista. A dinâmica é evidente: críticas pontuais e retóricas quando é conveniente, apoio sistemático e material na prática. 

A seguir, compilamos 20 episódios em que Lula relativizou, ignorou ou apoiou os abusos do regime de Nicolás Maduro — para blindar o ditador enquanto encena uma postura de moderação e equilíbrio frente ao público. 

1. Apoio explícito à candidatura de Maduro (abril de 2013) 

Resumo 

Após a morte de Hugo Chávez, Lula gravou um vídeo em que manifesta seu apoio à candidatura de Nicolás Maduro. A declaração reforçou a ligação do sucessor com o projeto chavista em um momento crítico de transição de poder. 

O que Lula disse 

“Maduro presidente é a Venezuela que Chávez sonhou.” 

Implicações 

A mensagem foi amplamente divulgada durante a campanha eleitoral venezuelana e criticada por opositores do chavismo — que a apontaram como uma intervenção indevida de um ex-chefe de Estado de outro país. Para os analistas da época, o vídeo foi fundamental para legitimar Maduro como herdeiro político de Chávez. 

O jogo de cena 

Este gesto inicial foi determinante para estabelecer Lula como fiador internacional de Maduro. Ao emprestar seu prestígio pessoal ao sucessor chavista, o ex-presidente brasileiro garantiu continuidade ao projeto geopolítico regional, mesmo em uma eleição acirrada e controversa. 

2. Silêncio diante da dissolução do parlamento (março de 2017) 

Resumo 

Quando Maduro convocou a Assembleia Nacional Constituinte para dissolver, na prática, o Parlamento de maioria opositora, Lula e a cúpula do PT não se manifestaram sobre a ruptura democrática. 

O que Lula disse 

Manteve-se em silêncio.

Implicações 

Enquanto o presidente Michel Temer condenava a manobra, e a comunidade internacional a classificava como um golpe institucional, o PT direcionou suas críticas exclusivamente à “intervenção estrangeira”, ignorando a dissolução do poder legislativo. 

O jogo de cena 

A omissão estratégica priorizou a narrativa anti-imperialista. Ao silenciar diante de um dos momentos mais graves da deterioração democrática venezuelana, Lula manteve a lealdade ideológica e forneceu blindagem ao regime. 

3. Defesa do regime contra Guaidó (abril de 2019) 

Resumo 

Quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino e foi reconhecido por dezenas de países (incluindo o Brasil, governado por Bolsonaro), Lula — mesmo preso — criticou esse apoio internacional

O que Lula disse 

“Reconhecer Guaidó é pouca vergonha.” 

Implicações 

Lula aproveitou para atacar a política externa brasileira do período, que considerava no “mais baixo nível”. O argumento central era a defesa da soberania de Maduro contra a “intervenção” externa, mesmo em meio à crise humanitária que provocava o êxodo de milhões de venezuelanos. 

O jogo de cena 

Ao sacar do bolso o princípio da não-interferência, Lula forneceu apoio ideológico ao regime e deslegitimou tanto a oposição interna quanto a pressão internacional. O gesto preservou sua credencial de aliado incondicional para quando retornasse ao poder. 

4. Restabelecimento diplomático (janeiro de 2023) 

Resumo 

Ao reassumir a Presidência, Lula logo anunciou a normalização das relações diplomáticas com a Venezuela

O que Lula disse 

“A Venezuela voltará a ser tratada normalmente; sou contra muita ingerência no país.” 

Implicações 

A atitude restaurou o alinhamento regional Sul-Sul, mesmo ignorando o status de ditadura do regime. 

O jogo de cena 

Aqui, houve um inédito movimento de apoio sem ambiguidades. Lula priorizou a restauração do alinhamento regional para fins pragmáticos e ideológicos, e absorveu o custo político de normalizar relações com um regime autoritário logo no início de seu mandato. 

5. Maduro recebido com “tapete vermelho” (maio de 2023) 

Resumo 

Lula recebeu Nicolás Maduro com honras oficiais no Palácio do Planalto, marcando a primeira visita do líder venezuelano após quase uma década de isolamento regional. O encontro ainda incluiu uma simbólica subida pela rampa do Planalto. 

O que Lula disse 

Estamos vivendo um momento histórico. Depois de oito anos, o presidente Maduro volta a visitar o Brasil” 

Implicações 

A atitude estimulou moções de repúdio de parlamentares da oposição brasileira e críticas internacionais. O objetivo de Lula era reinserir Maduro no cenário regional, tanto que a recepção foi elevada à principal agenda de chefes de Estado do período. 

O jogo de cena 

Mais uma vez, Lula fez um avanço extremo para apoiar e reabilitar Maduro. O presidente demonstrou prioridade absoluta à solidariedade ideológica, mesmo ciente do desgaste que isso causaria. E assim consolidou o Brasil como principal interlocutor do regime autoritário do país vizinho. 

6. Tese da “vítima de narrativa” (maio de 2023) 

Resumo 

Durante a recepção de Maduro em Brasília, Lula relativizou as acusações internacionais de autoritarismo e violações de direitos humanos documentadas pela ONU como mera propaganda construída contra a Venezuela. 

O que Lula disse 

“Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo.” 

Implicações 

A fala foi imediatamente criticada por ONGs como a Human Rights Watch e por líderes sul-americanos. O presidente chileno (e de esquerda) Gabriel Boric rebateu: “Não é uma construção narrativa, é uma realidade”. 

O jogo de cena 

Este é o ponto mais explícito de relativização tosca da estratégia de Lula. Ao desqualificar relatórios a ONU como “narrativa”, o presidente se mostrou disposto a negar fatos evidentes em defesa do aliado. A manobra retórica não convenceu os observadores críticos, mas funcionou para a base ideológica — e isso basta para o petista. 

7. Incentivo à propaganda do regime (maio de 2023) 

Resumo 

Na mesma ocasião em Brasília, Lula incentivou Maduro a construir sua própria versão dos fatos, para “mudar a opinião” internacional sobre seu governo. 

O que Lula disse 

“A sua narrativa vai ser infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você.” 

Implicações 

O petista sugeriu que os adversários do regime venezuelano “vão ter de pedir desculpas pelo estrago que fizeram na Venezuela”. A ONG venezuelana Provea, dedicada à defesa dos direitos humanos no país, criticou duramente a declaração, lembrando que as denúncias de crimes contra a humanidade são fatos documentados, não invenções. 

O jogo de cena 

A postura garantiu que Lula continuasse sendo visto como apoio fundamental por Caracas. Ao minimizar, descaradamente, o peso das violações documentadas, o petista sinalizou uma cumplicidade aberta com a narrativa oficial de Maduro. 

8. Comparação de sanções com guerra (maio de 2023) 

Resumo 

Lula defendeu a tese de Maduro de que o sofrimento do povo venezuelano é causado principalmente pelas sanções externas, e não pelo colapso econômico e repressão interna do regime. 

O que Lula disse 

“Eu sempre acho que o bloqueio é pior do que uma guerra. Porque na guerra normalmente morre soldado que está em batalha, mas o bloqueio mata criança”  

Implicações 

O petista ainda afirmou que é “inexplicável” um país sofrer “900 sanções porque o outro país não gosta dele”. A declaração se alinha diretamente com a retórica chavista de vitimização e ingnora a crise migratória provocada por Maduro (7,2 milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2014). 

O jogo de cena 

A crítica ao “bloqueio” funciona como álibi ideológico que permite a Lula manter a parceria com Maduro sob um pretexto humanitário e anti-imperialista. Essa relativização mascara o apoio político como preocupação humanitária — embora qualquer observador um pouco mais atento perceba a farsa. 

9. Alegação de que “democracia é um conceito relativo” (junho de 2023) 

Resumo 

O presidente relativizou o conceito universal de democracia para justificar sua abordagem de não condenação da Venezuela, alegando que o país “tem mais eleições do que o Brasil”.

O que Lula disse 

“O conceito de democracia é relativo para você e para mim.” 

Implicações 

O posicionamento foi amplamente condenado por analistas e organizações de direitos humanos, por diluir princípios democráticos fundamentais e ignorar que a mera existência de eleições não garante uma democracia plena — como demonstrado por diversas ditaduras ao longo da História. 

O jogo de cena 

A tentativa de relativização grosseira buscava blindar o aliado por meio de uma lógica torta. O argumento era tão frágil que sequer convenceu aliados moderados do PT, mas cumpriu a função de reforçar o compromisso inabalável com Maduro. 

10. Omissão sobre o caso María Corina Machado (julho de 2023) 

Resumo 

Após o regime tornar inelegível por 15 anos a principal opositora de Maduro, María Corina Machado, Lula alegou não ter conhecimento sobre os detalhes do caso, evitando uma condenação pública. 

O que Lula disse 

“Não conheço pormenores do problema com a candidata da Venezuela, pretendo conhecer.” 

Implicações 

A inabilitação foi uma manobra flagrante da ditadura para as eleições de 2024. Enquanto países como Uruguai e Paraguai condenaram a medida, a afirmação de Lula foi vista como uma desculpa conveniente para a omissão. 

O jogo de cena 

Ao declarar ignorância sobre um fato notório e amplamente coberto pela imprensa, Lula utilizou a omissão estratégica para evitar a condenação explícita. A alegação de desconhecimento foi tão inverossímil que beirou o insulto à inteligência, porém cumpriu a função de evitar um desgaste com Caracas. 

11. Abstenção em resoluções de pressão da OEA (julho de 2024) 

Resumo 

O Brasil optou por se abster em resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) que buscavam ampliar a pressão sobre o regime de Maduro e exigir a publicação de resultados eleitorais completos. 

O que Lula disse 

Nada. 

Implicações 

A abstenção brasileira foi decisiva para que a resolução da OEA não fosse aprovada — faltou apenas um voto. 

O jogo de cena 

A omissão calculada representou um apoio concreto disfarçado de neutralidade. A abstenção permite que Lula preserve o argumento de manutenção do “canal de diálogo” enquanto, na prática, impede ações coletivas contra o regime. 

12. Crítica de fachada ao impedimento de Corina Yoris (março de 2024) 

Resumo 

Após o impedimento do registro de Corina Yoris, sucessora de María Corina Machado, Lula fez uma crítica centrada somente na falta de “explicação jurídica”, evitando questionar a natureza autoritária do regime. 

O que Lula disse 

“O dado concreto é que não tem explicação jurídica você proibir um adversário de ser candidato.”

Implicações 

Desta vez, a aliança balançou um pouco. A crítica foi “pela metade”, mas ainda assim provocou uma reação agressiva de Caracas, que acusou o Itamaraty de conspirar contra a Venezuela. 

O jogo de cena 

Lula criticou a forma, jamais o conteúdo autoritário — um exercício de conveniência que permite dizer que criticou sem realmente confrontar o aliado. 

13. Ironia sobre a cassação de María Corina Machado (março de 2024) 

Resumo 

Lula comparou o impedimento político da líder opositora María Corina Machado à sua própria inelegibilidade em 2018. 

O que Lula disse 

“Eu fui impedido de concorrer às eleições. Em vez de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato, que disputou as eleições.” 

Implicações 

A opositora venezuelana respondeu publicamente com indignação, questionando se Lula a atacava por ser mulher e acusando-o de deslegitimar a luta de milhões de venezuelanos. 

O jogo de cena 

A ironia revelou o desconforto de Lula com críticas à Venezuela, mesmo quando procedentes. A comparação entre sua inelegibilidade (revertida pelo STF) e a perseguição a María Corina (sob um regime autoritário) foi desproporcional e expõe a má-fé do argumento. 

14. Reação calculada à ameaça de “banho de sangue” (julho de 2024) 

Resumo 

Lula afirmou ter ficado “assustado” com a ameaça de Maduro de promover um “banho de sangue” caso perdesse as eleições. 

O que Lula disse 

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora.” 

Implicações 

Foi a crítica mais forte de Lula até aquele momento, o que gerou expectativas quanto a uma possível mudança na postura brasileira. 

O jogo de cena 

O comentário não abordou as fraudes e outros abusos sistemáticos de Maduro, apenas o risco de instabilidade e violência. Naquele momento, a postura agradou a comunidade internacional e manteve o diálogo com Caracas aberto. Foi uma concessão estratégica à pressão pública, sem qualquer tipo de ruptura real. 

15. Negação da fraude eleitoral (julho de 2024) 

Resumo 

Após Maduro ser declarado vencedor em um pleito contestado, a oposição alegou possuir 70% das atas que comprovariam a vitória de Edmundo González. Lula, por sua vez, desqualificou as suspeitas de fraude. 

O que Lula disse 

Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal.” 

Implicações 

Lula também afirmou estar “convencido de que é um processo normal” e sugeriu que a oposição recorresse à Justiça venezuelana (como se o Judiciário não fosse controlado por Maduro). A tentativa de refutar uma fraude óbvia foi tão grosseira que nem aliados moderados conseguiram defender o presidente. 

O jogo de cena 

A desqualificação descarada tinha um objetivo claro: conceder tempo ao regime para consolidar sua vitória 

16. Pedido de transparência abandonado (agosto de 2024) 

Resumo 

Após a vitória declarada de Maduro, marcada por forte contestação, Lula demonstrou uma rara hesitação inicial, exigindo transparência antes de reconhecer o resultado. 

O que Lula disse 

“Ainda não [reconheço que Maduro seja o presidente eleito]. Ele sabe que ele está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo.” 

Implicações 

Esta exigência, contudo, foi temporária, e apenas refletiu a pressão da oposição venezuelana e de setores internacionais. A cautela de Lula foi progressivamente abandonada em favor da lealdade ao bloco ideológico. 

O jogo de cena 

A breve crítica serviu como teatro político para demonstrar aparente neutralidade. No entanto, o apoio subsequente revelou que a hesitação era meramente tática — uma concessão que não resultou em qualquer ação concreta. 

17. “Regime desagradável”, mas não ditadura (agosto de 2024) 

Resumo 

Pressionado pela repercussão negativa, interna e internacional, Lula admitiu publicamente que o comportamento de Maduro tem traços autoritários, porém evitou classificar o regime como ditadura

O que Lula disse 

“Acho que a Venezuela vive um regime muito desagradável. Mas não acho que é ditadura, é diferente de ditadura, é um governo com viés autoritário.” 

Implicações 

Críticos descreveram o episódio como um momento de lucidez rapidamente superado, destacando a superficialidade da crítica. 

O jogo de cena 

A distinção entre “autoritário” e “ditador” permitiu ao petista fazer um malabarismo verbal que evitou qualquer ruptura política verdadeira. Foi, portanto, uma manobra discursiva — ele pôde dizer que criticou sem efetivamente criticar. 

18. Venezuela fora do discurso na ONU (setembro 2024) 

Resumo 

Em seu discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU, Lula abordou diversos temas globais, mas omitiu completamente a grave crise eleitoral e de direitos humanos na Venezuela 

O que Lula disse 

O presidente apenas abordou outras tensões internacionais, como o embargo dos EUA a Cuba 

Implicações 

A Human Rights Watch classificou o silêncio como ”lamentável”, além de uma abdicação do papel do Brasil em impulsionar a democracia. Aliados de esquerda, como Gabriel Boric (Chile), criticaram a postura, alertando para “posturas vacilantes, hesitantes” em relação a ditaduras. 

O jogo de cena 

Não mencionar a Venezuela na ONU foi a opção com menor custo político para Lula. Permitiu ao Brasil evitar a condenação formal que desagradaria Maduro e a base ideológica do PT. 

19. Embaixadora brasileira na posse de Maduro (janeiro de 2025) 

Resumo 

Lula optou por não comparecer à posse de Nicolás Maduro. Mas o governo manteve a participação na posse de sua embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira. 

O que Lula disse 

Não falou sobre o episódio. Celso Amorim, seu assessor para assuntos internacionais, justificou a presença de Glivânia como uma questão de pragmatismo. 

Implicações 

O envio da embaixadora foi visto como um reconhecimento, na prática, do resultado eleitoral determinado por Maduro. Juan Guaidó, ex-líder da oposição venezuelana, condenou Lula por ser “muito esquivo” e não dizer “o que deveria ser feito”. 

O jogo de cena 

A ausência de representantes do alto escalão do governo brasileiro foi interpretada como uma manobra premeditadamente ambígua de Lula. O presidente manteve a parceria com Maduro sem reconhecer explicitamente o processo eleitoral como legítimo. 

20. Cooperação agrícola e terras para o MST (março de 2025) 

Resumo 

O Brasil assinou um memorando de entendimento para colaboração em agricultura com o governo da Venezuela. Um dia depois, Maduro anunciou a entrega de cerca de 180 mil hectares de terras para o MST. 

O que Lula disse 

O presidente não comentou o acordo. Publicado no Diário Oficial da União, o documento instituiu um convênio entre o Itamaraty e três ministérios venezuelanos que “atuam na agricultura produtiva, alimentação e com as comunidades e movimentos sociais”. 

Implicações  

Analistas e adversários de Lula criticaram o governo brasileiro por avançar em acordos sem condicioná-los à melhoria dos direitos humanos ou da democracia venezuelana. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores negou a relação entre a entrega de terras feitas por Maduro e o memorando de entendimento. 

O jogo de cena 

Ao promover uma cooperação de ordem técnica, Lula reforçou sua tese de que o “bloqueio é pior do que uma guerra” — e, mais uma vez, normalizou o inaceitável para legitimar a ditadura de Maduro.

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