Uma confusão no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, gerou acusações de suborno e homofobia nesta quarta-feira (5). O caso veio à tona após o acompanhante da paciente afirmar, em suas redes sociais, que a unidade de saúde tentou comprá-los para impedir a divulgação de um vídeo do incidente.

Como Tudo Começou

A paciente procurou o hospital devido a um mal-estar e pressão alta, mas, segundo relatos do acompanhante, ela foi maltratada assim que entrou na unidade. O homem, que é transexual, afirmou que um funcionário do hospital a agrediu verbalmente sem motivo.

“Ninguém sabe o que aconteceu lá dentro. Assim que minha amiga entrou, ela já estava sendo maltratada pela enfermeira, e o funcionário entrou sem ser chamado, já agredindo ela verbalmente. O hospital tentou comprar a gente para não postar o vídeo, mas eu falei: já postei“, declarou.

Acusações de Homofobia

O acompanhante também denunciou que foi alvo de homofobia por parte dos funcionários. Ele relatou que houve uma tentativa de gravar seu rosto sem consentimento, o que provocou o confronto.

“Me trataram com homofobia também. Eu errei por pegar o celular dele, mas ele ligou o celular e foi gravar o meu rosto. Foi na hora que eu tirei o celular da mão dele que ele me deu aquela banda. Os guardas souberam me segurar, mas quando ele foi para cima de mim, ninguém me defendeu”, contou.

Resposta do Hospital

Em nota, a direção do hospital alegou que o casal tentou furar a fila de prioridade dos atendimentos, insultando os profissionais enquanto gravavam vídeos para redes sociais. No entanto, o acompanhante nega essa versão, afirmando que foram chamados por uma médica e só queriam que a pressão da paciente fosse checada.

O hospital admitiu que dois agentes da portaria perderam o controle e agrediram fisicamente o casal. Segundo a unidade, ninguém ficou ferido, a paciente foi atendida, realizou exames sem alterações e recebeu alta.

Medidas Tomadas

A direção do Rocha Faria afirmou que demitiu os dois profissionais envolvidos na agressão e que um boletim de ocorrência foi registrado para investigação dos fatos. Um policial militar que testemunhou o caso conduziu os envolvidos à delegacia.

Suborno Não Comentado

O hospital não se manifestou sobre a acusação de suborno feita pelo casal. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.