Agentes da 19ª DP (Tijuca) prenderam, nesta quinta-feira (6), três suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no golpe do falso aluguel de imóveis. Eduardo Osório de Oliveira, Letícia Wagner Pereira e Bruno de Souza Pinto são acusados de criar perfis falsos em sites de aluguel para aplicar fraudes usando dados de terceiros.
Como o Golpe Funcionava
De acordo com as investigações, o grupo obtinha de forma fraudulenta dados de cartões de crédito e documentos de pessoas com alto padrão de renda — entre R$ 30 mil e R$ 40 mil por mês. Com essas informações, eles anunciavam imóveis de luxo nos sites e simulavam locações entre si, com o objetivo de receber as garantias financeiras oferecidas pelas plataformas em casos de inadimplência.
Além de usar os imóveis anunciados, a quadrilha lucrava aplicando calotes nas plataformas. As investigações tiveram início após algumas vítimas, cujos dados foram utilizados sem consentimento, procurarem a delegacia.
O Papel de Cada Integrante
- Eduardo Osório de Oliveira, funcionário de uma empresa de telecomunicações, usava seu acesso privilegiado para coletar dados de clientes de alta renda.
- Letícia Wagner Pereira, conhecida como “Estagiária”, e Bruno de Souza Pinto, que usava o apelido “Atlanta”, atuavam na execução dos golpes e movimentação do dinheiro.
Prisão e Apreensão
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Quintino, Zona Norte do Rio. Durante a operação, os três foram presos em flagrante por associação criminosa.
Na residência de Bruno, os agentes encontraram dezenas de cartões de crédito em nome de terceiros e documentos de identidade falsos. Ele chegou a se identificar com um desses documentos falsos no momento da abordagem. Segundo a polícia, Bruno levava uma vida de ostentação, usando o dinheiro dos golpes para morar em imóveis de luxo, comprar roupas caras e bancar gastos extravagantes.
Próximos Passos
Além da associação criminosa, os três foram indiciados por estelionato e uso de documento falso. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros integrantes da quadrilha, alguns dos quais estariam atuando em outros estados.
O caso destaca a importância do cuidado ao compartilhar informações pessoais e a necessidade de verificar a autenticidade de anúncios em plataformas de aluguel de imóveis.