A Copel (Companhia Paranaense de Energia) concluiu a operação de venda da usina hidrelétrica Baixo Iguaçu à Energo Pro, conforme anunciado em fato relevante para os acionistas e para o mercado financeiro nesta quarta-feira (22). Segundo a companhia, o processo de desinvestimento da usina, localizada no rio Iguaçu, no sudoeste do Paraná, teve início em fevereiro, com o valor da operação totalizado em R$ 1,68 bilhão.
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Desse montante, conforme o comunicado da Copel, R$ 155,4 milhões foram pagos em fevereiro, como sinal equivalente a 10% do valor total do equity value. Nesta quarta-feira, a companhia paranaense recebeu R$ 1,517 bilhão e os R$ 10 milhões restantes serão liberados assim que forem concluídas algumas etapas de pós-fechamento.
“A conclusão da operação evidencia a agilidade e eficiência da companhia na reciclagem de ativos e participações minoritárias, reforçando a sua capacidade de capturar valor e gerar retornos consistentes aos seus acionistas”, ressalta a Copel no fato relevante.
Em fevereiro, a subsidiária Copel Geração e Transmissão (Copel GeT) exerceu o direito de preferência para compra das ações da Geração Céu Azul S.A., pertencente à Neoenergia, que era a detentora de 70% do consórcio do Baixo Iguaçu, em uma operação de R$ 984 milhões. A aquisição foi necessária para conclusão do contrato de compra e venda com a Energo Pro, da DK Holding, que também adquiriu a participação minoritária de 30% da Copel GeT, calculada em aproximadamente R$ 570 milhões.
Licitada em 2008, a construção da usina do Baixo Iguaçu foi concluída apenas em 2019 e entrou em funcionamento com a capacidade para produzir energia suficiente para atender 1 milhão de pessoas. No ano passado, a Copel vendeu 13 usinas de geração ao Grupo Electra pelo valor de R$ 450,5 milhões.
Por outro lado, a Copel — que passou pelo processo de privatização em 2023, por meio da venda de ações na Bolsa de Valores — renovou no final do ano passado as concessões das usinas hidrelétricas de Foz da Areia, Segredo e Salto Caxias por mais 30 anos. O valor pago pela Copel pela outorga conjunta das três usinas, que são as maiores da companhia, é de R$ 4,1 bilhões.