O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve nesta quarta-feira (5) a taxa básica de juros em 15% ao ano pela quarta reunião consecutiva. A decisão ocorre em meio a pressão do governo Lula (PT) pela redução da Selic, que está no maior nível desde julho de 2006, quando chegou a 15,25% ao ano.
Nesta segunda-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que se fosse presidente do BC votaria pela redução dos juros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou a queda da Selic e prometeu uma “política monetária mais séria” no último dia 20.
“E aí, Haddad, cai nas nossas costas, porque o Banco Central vai precisar começar a baixar o juro, porque todo mundo sabe o que nós herdamos e todo mundo sabe que nós estamos preparando este país para ter uma política monetária mais séria”, disse o chefe do Executivo durante evento no Planalto.
Após a reunião de setembro, o Copom indicou que pretendia segurar a Selic neste nível por um “período bastante prolongado” para assegurar a convergência da inflação à meta.

