Nos últimos anos, cresceu a demanda por ambientes universitários no Brasil que priorizem a liberdade acadêmica e o pluralismo intelectual, especialmente nas áreas de humanidades. Esse movimento tem ganhado força com o surgimento de novas instituições de ensino superior e a renovação de práticas em universidades já estabelecidas.
Essas instituições buscam resgatar o conceito clássico de universidade, baseado na investigação objetiva da verdade, na valorização do mérito e da excelência. A Faculdade Belavista, a UniÍtalo, e a Faculdade Mar Atlântico são exemplos de universidades que adotam um core curriculum, com disciplinas fundamentais em filosofia, história e ciências, inspiradas em modelos de excelência como os de Harvard e Columbia.
Liberdade acadêmica e o impacto no mercado de trabalho
A liberdade acadêmica oferecida por essas faculdades também tem facilitado a conexão dos estudantes com o mercado de trabalho. O tempo que antes era dedicado a militâncias ideológicas é agora usado para explorar temas relevantes para a vida profissional. O Ibmec, com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, é um exemplo de instituição que, mesmo oferecendo cursos em áreas como Comunicação Social e Direito, mantém um ambiente plural e livre de imposições ideológicas.
Na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o foco é o sucesso profissional dos alunos. A diversidade de pensamento é incentivada, criando um ambiente propício ao desenvolvimento acadêmico e profissional.
Mudanças nas universidades públicas
Embora o movimento de afastamento da militância ideológica seja mais evidente em instituições privadas, há sinais de mudanças também nas universidades públicas. Professores como Carlos Ferraz, da Universidade Federal de Pelotas, apontam para um esgotamento do radicalismo identitário nas instituições públicas. Segundo ele, o excesso de dogmatismo e a falta de fundamentos intelectuais sólidos têm levado alunos e professores a questionarem essas práticas.
O cientista político Luiz Ramiro, que já lecionou na UERJ e na Unemat, observa que a influência das ideias woke nas universidades públicas começou a se intensificar nos últimos 15 a 20 anos, mas já dá sinais de declínio. A mudança no perfil dos estudantes, com um público cada vez mais diverso, incluindo evangélicos, também contribui para essa transformação.
Faculdades com baixa influência de ideologias woke no Brasil
- Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto (SP)
- Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UniÍtalo) – São Paulo (SP)
- ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) – São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS)
- Faculdade Belavista – São Paulo (SP)
- Faculdade Mar Atlântico – Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE)
- Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) – São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF)
Essas instituições oferecem uma alternativa para estudantes que buscam um ambiente acadêmico mais plural e livre de ideologias. O movimento de crescimento dessas faculdades mostra que há uma demanda crescente por uma educação focada na excelência acadêmica e na liberdade de pensamento.
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