O governo federal confirmou nesta quarta-feira (10) que o valor do salário mínimo para 2026 será reajustado em 6,79%. O novo piso, que terá valor de R$ 1.621, representa um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518.
A mudança entra em vigor a partir de janeiro do próximo ano, com impacto no pagamento a ser feito em fevereiro. O mínimo tem impacto no poder de compra de 50 milhões de brasileiros, pela estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
- Uber e iFood vão ficar mais caros com nova regra; setor prevê “tragédia”
- CCJ do Senado aprova fim da escala 6×1 e redução da jornada de trabalho para 40 horas
A definição foi anunciada após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que serve de base para o cálculo dos reajustes salariais. O INPC avançou 0,03% em novembro e acumula 4,18% nos últimos 12 meses.
Como é feito o cálculo
A regra de valorização combina duas variáveis:
- Inflação medida pelo INPC entre dezembro do ano anterior e novembro daquele ano;
- Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Na última semana, o IBGE revisou os dados do PIB de 2024, confirmando crescimento de 3,4%. No entanto, o arcabouço fiscal, que limita o aumento de despesas acima da inflação, determina que o ganho real do salário mínimo fique entre 0,6% e 2,5%.
Com isso, o valor calculado para o salário mínimo de 2026 foi de R$ 1.620,99, arredondado para R$ 1.621, conforme previsto em lei.
Governo revisará projeções
A atualização dos índices econômicos deve levar o governo a rever projeções para as contas públicas para 2026. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso estimava um salário mínimo maior, de R$ 1.627, o que representaria aumento de 7,18% — acima do percentual agora confirmado.
O valor do salário mínimo impacta diretamente benefícios como aposentadorias do INSS, PIS/Pasep e seguro-desemprego.

