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Governo federal propõe aumento de 17,5% no auxílio-alimentação

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A ceia dos servidores públicos federais pode ficar mais farta. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) propôs um aumento de 17,5% no auxílio-alimentação a ser pago neste ano. Caso o percentual seja aceito, o auxílio sairá de R$ 1 mil para R$ 1.175 a partir de dezembro.

Considerando a proposta apresentada nesta quarta-feira (22), durante a 12.ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre o Ministério da Gestão e da Inovação e a representação dos servidores federais, o auxílio-alimentação federal acumulará um reajuste de 157% desde 2023.

Segundo o governo, o expressivo percentual acumulado se deve ao fato de que o auxílio-alimentação ficou seis anos sem reajuste, de 2017 a 2022, nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

O aumento concedido pela atual gestão, porém, supera com folga a inflação acumulada desde 2017, que foi de aproximadamente 55%. Ou seja, o reajuste equivale ao triplo da inflação.

Segundo o secretário de Relações do Trabalho da pasta, José Lopes Feijóo, o reajuste é parte do compromisso da gestão Lula, que vem desde o governo de transição, com a valorização dos servidores federais, de modo a garantir ganhos reais à classe.

Ao todo, o aumento trará um impacto de R$ 1,1 bilhão no orçamento de 2026 e, de acordo com o ministério, já está contemplado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).

De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação, os gastos com pessoal do governo federal para 2026, considerados salários e benefícios, estão estimados em 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O percentual é equivale ao deste ano e ao do anterior.

Governo ainda busca dinheiro para fechar Orçamento de 2026

Nesta semana, o governo pediu, pela segunda vez, que o Congresso adie a votação do Orçamento para o próximo ano. Após a queda da MP 1.303, a equipe econômica está estudando medidas para compensar as perdas arrecadatórias de R$ 10,6 bilhões em 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está trabalhando para reenviar ao Congresso propostas já previstas na MP, como a taxação das bets, das fintechs, a limitação à concessão de créditos tributários e de benefícios como o Seguro Defeso.

Governo precisa de R$ 27,1 bilhões para fechar as contas de 2025, diz IFI

Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), entidade vinculada ao Senado Federal, para cumprir a meta deste ano, de déficit zero, e considerando a tolerância de 0,25% do PIB em relação ao centro da meta, o governo precisará de um “esforço fiscal adicional de R$ 27,1 bilhões no último trimestre do ano”.

Os cálculos consideram as deduções legais previstas, como os precatórios e outros abatimentos. Contribuem para o agravamento do cenário o rombo das estatais (R$ 8,83 bilhões nos 12 meses até julho de 2025) e a perda da eficácia da MP 1.303.

Veja o histórico de reajustes da gestão Lula para os servidores federais

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação, em maio de 2023, o governo corrigiu em 43,7% o auxílio-alimentação dos servidores federais, que passou de R$ 458 para R$ 658 — o último reajuste havia sido concedido em 2016.

Um ano depois, em maio de 2024, a pasta concedeu novo reajuste ao funcionalismo federal, elevando o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (+52%). Considerando o aumento de 17,5% proposto agora, o incremento acumulado em relação ao valor de 2022 é de 157%.

Também foram reajustados os valores da assistência pré-escolar e do auxílio-saúde dos servidores federais, em 51% e de 5% a 100%, respectivamente.

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