O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta sexta-feira (7), três integrantes do Comando Vermelho pela execução do sargento da Polícia Militar Marco Antônio Matheus Maia, de 37 anos, morto em dezembro de 2024 na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio. O policial estava de folga no dia do crime.
Detalhes da Acusação
Segundo a denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Marco Antônio, lotado no 41º BPM (Irajá) e com 13 anos de serviço na corporação, foi alvejado por André Silveira das Dores enquanto dirigia pela comunidade. Após o disparo, André e Jefferson Rocha Bezerra tentaram remover o corpo do policial do veículo, sob as ordens de Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão”, chefe do tráfico local.
No entanto, durante a tentativa de ocultação do cadáver, o carro perdeu os freios, desceu uma ladeira com o corpo ainda no interior e colidiu com um muro. Ao perceberem a presença de câmeras de segurança, os criminosos fugiram do local.
Motivação e Modus Operandi
O MPRJ destacou que o assassinato foi motivado por um “motivo torpe”, relacionado à manutenção do domínio territorial do Comando Vermelho. Os traficantes, conforme descrito na denúncia, têm o hábito de atirar contra veículos desconhecidos que entram em áreas controladas pela facção.
A denúncia também detalha que a vítima foi atingida por trás, com um disparo de pistola calibre 9 mm que acertou a nuca do sargento, sem chance de defesa.
Histórico da Vítima
O sargento Marco Antônio já havia sido baleado na testa durante uma operação na Vila Aliança, na Zona Oeste, em 2020, mas sobreviveu àquele incidente. Infelizmente, o ataque de dezembro foi fatal.
O caso reforça a crescente tensão entre as forças de segurança e as facções criminosas no Rio de Janeiro, evidenciando os riscos enfrentados diariamente pelos policiais, mesmo quando estão fora de serviço.
Próximos Passos
Os três denunciados responderão por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. O MPRJ também solicitou a manutenção da prisão preventiva dos acusados, visando garantir a ordem pública e o andamento do processo judicial.
A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos e consolidar as provas que levarão os responsáveis à justiça.